quarta-feira, 7 de outubro de 2009

APRESENTAÇÃO (MARIANA CATIBIRIBANA)

02/10/2007 -
Ela veio como num sonho... Chegou mansamente, e se aconchegou num cantinho. Tinha um sorriso cheio de esperança, os cabelos encaracolados, a tiara florida, o vestidinho leve, na mão uma flor, e veio acompanhada por Totó. Concebida, guardei-a só para mim, e seu nome, anotado em um papel amarelado, conta que já se passou muito tempo desde sua chegada.Ocultei-a no aconchego secreto do meu coração, em amor egoísta, exigente, incapaz de ser compartilhado. Ela viveu comigo e para mim, durante anos, até a presente data. Agora, divido com todos o frescor de sua presença, a vivacidade de seu coração, sua alegria de finalmente “ser gente” e mostrar-se tal qual é. Foi um parto delirante, de feliz embriaguez, de devaneio e felicidade. Trinta minutos gastou-me tirá-la de mim, arrumá-la, pentear seus cachos, ajeitar-lhe o vestidinho e permitir-lhe sair, como o pássaro-mãe, empurra do ninho o filhote de pernas trêmulas, para conhecer e conquistar o mundo. Que caminhos percorrerá, quem conhecerá, quem serão seus amigos e amores, não me é dado saber, o destino de cada um está nas estrelas, no canto da cotovia e no bailar do vento... Contudo, eu, sua mãe, que a concebi e gerei dando-lhe vida, guardarei no coração todas as etapas de sua existência, sabendo que o tempo, inexorável, faz passar as lembranças, mas não apaga a chama do amor!Verão que é meiga e graciosa, que leva a vida como toda criança, gosta muito do Totó, seu cãozinho, mas ama mesmo brincar com palavras. Ainda não sabe de quem falo? Apresento-lhe MARIANA CATIBIRIBANA, a personagem do meu primeiro livro infantil, ilustrado por Siderlino Santiago, que será lançado nesta 5ª-feira, 4 de outubro, às 19h, no Centro Cultural Usiminas, durante o 2º Salão do Livro, e é fruto da garra, insistência, persistência e paciência de Marília Lacerda, coordenadora do Clube dos Escritores de Ipatinga. Pois bem, leitores do Vale do Aço, apresento-lhes MARIANA. Espero que sejam muito felizes com ela. E nada mais digo...

Adélia Prado
A mineira Adélia Prado, um dos ícones da poesia brasileira, que abre hoje o II Salão do Livro, é tudo de bom! Poeta de quatro costados, mereceu elogios de Carlos Drummond de Andrade quando estreou na poesia nacional. Nem queiram saber o que foi assistir outro monstro sagrado, a diva Fernanda Montenegro no espetáculo Dona Doida, recitando os poemas de Adélia! Seus versos, deliciosamente mineiros, aparentemente simples, trazem, contudo, o mistério dos sentimentos humanos tentando decodificar a vida. Sem rebuscamento, Adélia fala da existência humana, do amor e da fé, sob a ótica da poesia profunda em essência e em mistério.Em sua homenagem publico, hoje, o poema que escrevi, ao cair da tarde, em 01 de setembro de 2000.

FELICIDADE
(Para Adélia Prado)
Descubro encantada,
Semelhanças tantas
na desconfiada mineiricena infância de pés no chão
em cidade do interior
com galinha no quintal e pé de goiaba
ou pequi...
Também escrevo versos
- claro que os meus são de aprendiz!
Só que – sorte e felicidade!-
mamãe até hoje, aos 88 anos,
canta enquanto escolhe o feijão e cozinha!


ZOOM- Um abraço para Wiliam Lopes da Fonseca, o Juninho, meu vizinho no Imbaúbas, que nos acode quando os computadores da era da pedra lascada que temos dá algum problema, no tocante à internet. - Outro abraço, agora para Celina Franco, Delmanaide Perdigão e Vieira, Gilda Calazans, Dona Ita Drummond e Zenaide, Rosaly da Zargot, Jane Linhares Pinto, Ione Tofanelli, também para a professora Vera Pinheiro, e é claro, minha amiga de fé, Maria do Rosário Machado. - O CLESI está lançando, no 2º Salão do Livro, nada mais, nada menos, que seis títulos: Lobelzinho, Cadê A Floresta? - de Dalva Abraão, moradora do Bom Retiro; Kiko e o Tamanduá, do compadre Ademar Pinto Coelho; Bicudinha Vai a São Paulo, da autoria de Angélica Vaccarini; Jenipapo, de J.S. Ferreira; O Coelho Clemente, de Cida Pinho, e o meu Mariana Catibiribana, de que falo na crônica de hoje. Nossa região é um celeiro de artistas de todas as áreas, urruu! - Parabéns a todos os professores do Vale do Aço, pela passagem de seu dia. Atenção, autoridades do país: sem investimento na área da Educação e sem a valorização do professor, nunca chegaremos a ser um país do primeiro mundo! Como é que sei? Ora, eu sou professora e me orgulho muito disso! - Versos de Elisia Lucinda, aquela atriz negra da Rede Globo, que é uma poeta incrível: “eu sei que não dá pra mudar o começo/ mas se a gente quiser/ vai dar pra mudar o final.” Lindo e profundo, não?- Lembram do juiz Rafael Gonçalves de Paula, aquele de Palmas, Tocantins, que deu aquela sentença porreta, mandando soltar dois acusados por suposto furto de melancias? Pois, é ele me enviou um e-mail agradecendo pela crônica, em 5 de setembro. Ele é MINEIRO de Ituiutaba! Uai, que maravia, sô! Volto em breve a esse assunto e conto tudo para vocês. - De Charles Chaplin em Luzes da Ribalta”: a vida pode ser maravilhosa quando não se tem medo! - Idagmar e Pedro Habib, dedicando-se a montar um projeto para dar suporte às crianças com dificuldade de aprendizagem. Que lindo! - Meu Deus, conceda ao ser humano maior tolerância, senão virá o caos! - Uma semana com muita música, estilo Itamar Assunção e Vanessa da Mata, versos da gloriosa Adélia Prado, pé-de-moleque com muito amendoim, sabiá cantando no quintal e esperança de dias melhores, são os meus votos.- Sugestões, críticas e eventuais elogios, através do e-mail: nenadecastro@yahoo.com.br. Au revoir.

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