quinta-feira, 8 de outubro de 2009

SÓ SEI QUE...

Rapaz, parece que foi ontem... Que o tempo passa, isso tudo mundo sabe.A inexorabilidade do tempo foi preocupação de filósofos e sábios, poetas e cantadores e a maior descoberta foi a de Salomão, que afirmou que não há nada de novo debaixo do sol...O apóstolo Paulo já falava em remir o tempo, porque os dias são maus... Embora e apesar de tantas mudernidades, ainda há pessoas que entendem que remir o tempo não é necessariamente fazer uma operação plástica, ou lifting, ou lipo. Para mim é mais que isso, é olhar para dentro de mim e ao meu redor, e enxergar os lados nem sempre assimétricos da existência, chorando e rindo, eis que somos doses iguais de santidade e malícia; se debaixo dos céus tudo é vanitas vanita, fazer o quê?Progredimos muito, nestes 58 anos; a humanidade deu um salto nas descobertas científicas, mas também voltamos à idade da pedra lascada, em se tratando de explorar os povos do terceiro mundo, em deixar crianças na rua ou recolhê-las em cubículos infectos, em sustentar um sistema caridoso que nos permite morrer de “fome, de bala ou vício”. A essa altura o leitor deve estar se perguntando - mas que raio de crônica é essa? Muita calma e tranqüilidade neste momento, caro leitor, (leitora) porque eu também não sei. O que sei é que, perto do meu aniversário, começo a pensar num tanto de coisas e, no fim, (catibiribim, serramatifim, firirinfirim), a nenhuma conclusão chego, a não ser que o tempo passou e nada fiz?! De qualquer forma, passo para você, o poema que escrevi perto do 5.0. Só mudei a data, e quase dez anos transcorridos, a mosquinha-consciência zumbe certas perguntas na minha cabeça, para as quais não tenho respostas. Se você nada entendeu, nem eu, acha que é fácil pensar na (i) responsabilidade do homus erectus? Né não! E nada mais digo!CONFITEORTenho quase 60 anosE sou estranha...Perco as coisas e me esqueço às vezes de cumprimentar as pessoas. Tenho a cara fechadapois carregar o peso do mundon’é fácil não.Sou poeta absolutamente inútil,dedico aos dinossauros e extra-terrestresa mesma antipatia abissal.Aquelas lagartixas pré-históricasme enervamE os ETs queremtomar a minha mente.Se não bastasse a carga do hodierno...Como queremque me preocupe com o meteorocaído na era pré-glacialOu com possíveishomenzinhos verdes pós-galácticosque um dia sairão enfim da navepara explicar a que vieram?Tais questões são demasiadaspara a minha mente primitiva,pois a mim, basta o dia-a-dia e a difícil escolha do que preparar no almoço,o lanche das crianças, a cor das cortinas...Tanto em que pensar... Tento abafara dor e a canção não termina,E morta, nada resolvo...- quem é que grita na esquina?-Tenho quase 60 anosE um jeito caipira.Quem me ensinaria sânscrito, Pra eu me tornar importantee deixar de ser menina?ZOOM- Os alunos da turma 201 do Colégio São Francisco Xavier ofereceram, na última sexta-feira, uma tarde de recreação aos alunos da APAE. Tudo aconteceu no GELQ, no Cariru, e foi muito bem organizado. Parabéns ao S. Xico e a seus alunos. Que bom exemplo! - Calorão brabo, o jeito é a gente apelar pras piscinas, cachoeiras e lagoas. - Falando nisso, todo cuidado é pouco: ao tomar qualquer líquido acondicionado em latinhas, use canudo, por favor. São muitas as vítimas de lepstopirose, causada por urina de ratos em tais recipientes. - Um especialíssimo abraço para a querida professora Sandra Helena, nesta terça-feira. Sucesso, amiga. - Valdir Ferreira dos Santos, o nosso poeta Azambuja, enviando mensagem lá de Campinas (SP), afirmando que gostou por demais do meu livro MARIANA CATIBIRIBANA. Ó xente! Obrigada, poeta. - Meu Deus, a cada dia a polícia federal descobre mais fraudes e desvio do nosso dinheiro para o bolso de alguns espertalhões! Enquanto isso, morremos nas filas, nos corredores de hospitais, na falta de emprego, moradia, saneamento básico... Gente, vamos virar a mesa, as eleições vêm aí! - Um abraço para José de Oliveira e Neide, casal que amo de paixão. - Outro abraço, agora para a competente advogada Márcia Maria de Oliveira. Por falar em advogadas, vocês precisam ver o artigo escrito pela professora de Processo Civil, Maria Emília Almeida Souza, para seus alunos da FADIPA. Maria Emília é uma profissional brilhante, e eu acompanho suas conquistas de perto. Em tempo: Márcia e Emília foram minhas estagiárias na Defensoria Pública Municipal e aprendi muito, com cada uma delas. - O leitor Emerson enviou e-mail elogiando o poema “ Só de Sacanagem”, de Elisa Lucinda, que saiu na coluna anterior. E ao mesmo tempo, me lembrou que em seu DVD, a cantora Ana Carolina declama tal texto. Pronto, informação dada, caro leitor. Escreva sempre, é um prazer. - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez carinho em onças e macacas, carregou jibóia, e fez mil estrepolias nas selvas da Amazônia. Não sei se é pra provar que é um cabra macho ou se está imitando o coisa-ruim Fernando Collor, que fazia todo tipo de peripécias, antes do impeachment, você se lembra? Se não lembra, parabéns, certas porcarias não merecem mesmo ser lembradas.- O grupo Farroupilha fez festança cultural no sábado passado, reinaugurando sua sede no Veneza II. Merci pelo convite, mas as dores não me permitiram comparecer. - Uma terça-feira com gosto de cocada caseira, arroz doce de dona Inês, mingau de couve, um fubá-suado do jeito, com café bem forte, música de Pena Branca e Xavantinho, e paaaaaaaz são os meus votos. Críticas, sugestões e eventuais elogios, pelo e-mail: nenadecastro@yahoo.com.br. Au revoir.

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