quarta-feira, 7 de outubro de 2009

COISAS DE ESTUDANTES

25/09/2007 -
Todo mundo sabe que estudante é uma classe de seres naturalmente “atentados.” A época normal de estudos é a fase da meninice e da adolescência, tempo de mudanças e lutas para entender a si próprio e o que acontece no mundo. Observem que, no meio dos adultos, não há quem deixe de sentir saudades do colégio, dos professores, das conversas, brincadeiras, vexames e mancadas. Exemplos: ser apanhado colando ou namorando de forma avançada, ou saltando o muro da escola para matar o 5º horário... Alguns alunos passam a fazer parte do folclore da própria cidade, por suas peripécias. Eu me lembrei agora de um rapaz de GV, que tendo bebido um pouquito más, resolveu pular na enorme piscina da Praça de Esportes, sem perceber que a mesma estava vazia. O coitado se espatifou nos ladrilhos, arrebentando o rosto todo e, de quebra, perdendo uma boa parte dos dentes! Mas a vida e os estudos continuam e houve um tempo em que nossas cidades interioranas careciam de faculdades. A moçada cursava o ensino médio já sabendo que ia estudar em Diamantina, BH, Ouro Preto, Alfenas, Viçosa, Juiz de Fora... E após muito estudo e sofrimento, vinha o vestibular, a aprovação, o trote e o pequeno pássaro alçava vôo, saindo do ninho da família e ia morar em pensionato ou república de estudantes. Era de praxe que todo calouro, sofresse nas mãos dos veteranos, cumprindo tarefas vexatórias e sendo chamado de bixo, (assim mesmo, com xis) sem poder se rebelar até mudar de categoria e descontar no próximo coitado que chegaria, com certeza.Pois é, certo jovem, (vamos chamá-lo de Marcos) foi aprovado no vestibular de Engenharia na Federal de Ouro Preto. Após a raspagem da cabeça, cumprimentos dos familiares e festas, transferiu-se de mala e cuia para uma república de estudantes, naquela que é a mais barroca das cidades, cheia de ladeiras e com aquele natural clima de insurreição, aliado a uma fortíssima tradição religiosa... Pois é, instalado na república, Marcos foi submetido a trotes e brincadeiras por parte dos veteranos e resignou-se, aceitando tudo, pois sabia que logo seria veterano e faria com outro calouro o que faziam com ele.Avisaram ao novato que daí a uns dias haveria uma procissão e que para ser considerado definitivamente um membro da confraria, teria que passar correndo, completamente nu, na frente dos devotos. Marcos protestou, mas os colegas avisaram que se ele recusasse, não poderia permanecer no alojamento, afinal, todos já haviam feito o mesmo, era como um batismo de fogo, etc. Além do mais, a rua era estreita, nem daria tempo para as beatas verem suas coisas, ele sairia da porta da república e entraria em outra, defronte, que estaria destrancada. Então fizeram um ensaio com ele, saindo da república e entrando na outra, do outro lado da rua, cujo chefe, garantiu pela alma de sua mãe que estaria aberta, e ficou tudo acertado.No outro dia pela manhã, a república toda acordada, ouviu os cantos da procissão que se aproximava; as beatas cantavam a ladainha, todas cobertas com véu, o andor era solenemente conduzido por varões da igreja, o padre usava as vestes das celebrações e tudo corria bem, em clima de respeito e religiosidade. Sem roupa, Marcos aguardava o momento do sacrifício ou sacrilégio. Quando a procissão se aproximou do local, a turma gritou:– Vai!, empurrando o novato para a rua. O pobre calouro, nu em pêlo, atravessou a rua feito um corisco! Foi um ohhhh! geral, a procissão estacou, duas beatas desmaiaram, todos se benzeram.Marcos, correndo, chegou à porta do alojamento da frente, e descobriu, desesperado... que a porta estava trancada! Sem saber o que fazer, com as mãos tentando tampar os documentos, voltou para a porta da qual havia saído, não sem antes levar sopapos, bolsadas, terçadas e sombrinhadas das beatas e do padre...A turma quase deu um ataque de riso, Marcos quase morreu de vergonha, e para amenizar tudo, foram festejar no bar mais próximo.Coisas de estudantes...

ZOOM- Afra de Sousa e as Sephianas estão de parabéns pelo chá realizado na semana passada. O ponto alto do evento, além de reunir tantas mulheres, foi o início do desfile, com crianças das creches na passarela. Foi muito bonito.- Gente, o título da crônica da semana passada, AKUDAKIACRONISTADEUNTROÇO, é simplesmente uma brincadeira que fiz com a frase Acuda que a cronista deu um troço. Foi a maneira que encontrei de fazer jus às pérolas do Enem. Falando nisso, um comerciante da Avenida 28 de Abril chegou a ficar vermelho de tanto rir com a crônica. Pensaram que ele estava tendo um ataque, até que ele conseguiu falar o que era. Não vou mais escrever coisas desse tipo, já pensou ser acusada de matar alguém de rir?- Um abraço para o prezado Paraíba, que trabalha na DE NADAI, na área da Cenibra. Obrigada pelo que disse à minha branquinha Larissa. - Marilene Tuler lançou seu livro, O Massacre de Ipatinga, Mitos e Verdades, com sucesso. Parabéns!- Vi Cione Chrisóstomo, com o filhote Lucas, no Horto. Um abraço para todos, e para o iluminado papai Moacir. - Gente, a crônica Guerra do Contestado me rendeu muitos e-mails e histórias, entre elas, uma do nosso Alex Ferreira, prata da casa, contando o caso da “REPÚBLICA DO MANHUASSÚ”, (assim mesmo, com dois esses) que é uma preciosidade e ainda vai virar crônica ou conto. Merci.- Eduarda, minha santinha, já sarou o dedinho? Estou acompanhando seus estudos, este negócio de fechar prova de português e abafar em matemática, é coisa de gente-cabeça. Quem sai aos seus.... (Em tempo, Eduarda é filha de Fred e Kátia, e neta da especialíssima educadora Ione Franco, que abomina ter seu nome publicado, mas sou mesmo desobediente.- Fiquei irada com o jornalista Carlos Chagas dizendo em alto e bom som, pela televisão, na semana passada: “Caro Renan, não se envolva mais com pistoleiras”! Então, quer dizer que a culpada da safadeza e roubalheira é a Mônica?!? Ah, o machismo nesses brasis me adoece!- No dia 4 de outubro acontecerá o lançamento do meu primeiro livro infantil MARIANA CATIBIRIBANA! Aguardo os meus leitores no estande do Clesi, no Centro Cultural Usiminas, ok? O livro é para crianças de todas as idades! - Uma semana colorida, (com um L só, please) nuvens de algodão doce, versos de Orides Fontella, música de Paulinho Pedra Azul e distância da titica que escorre do Senado, são os meus votos. - Críticas, sugestões e eventuais elogios, pelo e-mail nenadecastro@yahoo.com.br Au Revoir.

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