quarta-feira, 14 de outubro de 2009

MANHÃ CINZENTA, POESIA LUMINOSA...

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Nena de Castro
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Nena de Castro
29/01/2008 - 00:00:00 Manhã cinzenta, poesia luminosa...
Manhã de domingo. Acordo com a cabeça indicando uma crise de enxaqueca (De novo?). Agradeço ao Criador por mais um dia de vida e me levanto. A casa está silenciosa. Sinto falta de minha filha-criança que foi com o pai visitar a avó em BH. As outras crianças dormem, na paz de quem tem toda uma vida pela frente. Não importa que as crianças no caso sejam um rapaz de quase 2 m de altura e uma moça que cola grau agora em março. Para a mãe, filho, apesar de crescido, homem feito, responsável, e moça terminando a Faculdade, são e serão sempre as suas crianças. Minhas leitoras que são mães sabem do que falo... O dia não consegue decidir se vai ser chuvoso ou não e os pássaros cantam com cautela. Kid saiu da varanda e se aninhou no sofá e, pra variar, está dormindo, na certa sonhando com um mundo limpo e com ossos gigantes, com certeza... Encaro o computador, onde escrevi “tô no sal”, a guisa de dizer que tenho uma crônica para escrever, a cabeça dói e eu quero mesmo é me deitar no escuro do quarto e esperar que a crise passe. Mas tenho um serviço a fazer, o meu leitor espera ler algo interessante, algo que alivie sua tensão, a preocupação com a vida, o aumento geral nas despesas de janeiro, as contas que surgem como coelhos da cartola do governo... Olha a responsabilidade, meu pai dizia que, quem não tem competência, não se estabeleça. Então, dona Nena, esqueça a enxaqueca e escreva! Penso naqueles homens, mulheres e crianças palestinas, literalmente invadindo o Egito, em um Êxodo às avessas... Penso se a Klu Klux Klan e outros redutos do ódio racial vão permitir que o negro Barack Obama seja presidente dos Estados Unidos. É esperar para ver... Aliás, minha tia, a terrível Lady Zeferina, está na maior torcida para que Hilary Clinton saia vitoriosa, encha o Salão Oval de estagiários e, de vez em quando, fume com eles um charuto. Afinal, não vivemos em mundo de direitos iguais? Besteira pensar em tanta coisa que acontece por este vasto mundo, eu não me chamo Raimundo, nem procuro rima pra Raimunda, só digo que mora na grota funda, pra evitar problemas. Hoje no jornal, leio que proibiram a venda de bebida alcoólica nos bares à margem das BRs, está certo, o álcool é um dos causadores de acidentes, mas para a conservação das rodovias não vai nada? Estamos assistindo há anos a novela da duplicação da BR-381. Então tá, no dia em que o presidente dos Estados Unidos aprender que a capital do Brasil não é Buenos Aires, nem nosso país se chama Bolívia, tudo será resolvido. Falar nisso, uma escritora inglesa chamada Frances Stonor Saunders denuncia em livro o que todo mundo já desconfiava. De fato, a CIA entrou com tudo nos movimentos culturais pelo mundo afora, financiando artistas e escritores que propagassem o American way of life, inclusive fazendo campanha para impedir que Pablo Neruda recebesse o Prêmio Nobel de Literatura. Eta diacho - dizia vovó, corrigindo o neto guloso: não avança no pedaço de frango do outro, menino! - eu lembrei dessa frase porque parece que, para a América (do Norte) o mundo é um frango assado, e ela quer sempre ficar com a maior e melhor parte! A política nacional dá engulhos, a internacional é um prato indigesto e o Terceiro Mundo tem que sambar para sobreviver, só mesmo bancando o besta que nem o mineiro esperto e dançando conforme o dobrado, é o que dizia sô Quino, negro velho que conheci: Minha fia, quando a gente ganha roupa, se ela for pequena, a gente encolhe, se for grande, a gente cresce, ou seja, o jeito é adaptar-se e ver se é possível dar um jeito e tocar a vida com um mínimo de dignidade...Um pernilongo inoportuno me pica o braço, meu Deus, que não seja o Aedes portador da dupla desgraça, a dengue e a febre amarela que as autoridades dizem estar controlada. Eu quero acreditar nisso, mas posso? Meus olhos caem sobre o livro que deixei aberto, um poema de Vera Lúcia de Oliveira, a professora paulistana que vive na Itália: meninas as meninas que da alma pulam brincam de esticar o tempo com suas saias rodadas dançam a canção mais pura que aprenderam correndo entre as junturas dos ossos.Meninas com saias rodadas, dançando a canção mais pura nos trazem à mente tanta coisa bonita que foi soterrada por um mar de indignidades, lutas e decepções, a gente tenta se desvencilhar para não sucumbir, na verdade, somos todos sobreviventes! A poesia me salva do desespero, é um barco que navega através dos tempos e da escuridão da existência. As palavras têm asas, voam pelo firmamento como borboletas de luz e me levam ao encontro marcado com o destino. Hoje sou eu amanhã, quem sabe? Afinal, resolve chover, uma chuvinha melancólica, daquelas que descem mansamente e anunciam o eterno recomeço, o ciclo da própria existência, o inexorável desfile do tempo que escorre entre nossos dedos como a areia da ampulheta. O momento poético me ilumina no cinzento do dia, ah, santos versos que me consolam e consolam o mundo e que jamais desaparecerão! Comungo com Neruda quando respondeu em entrevista que, em cada época, deram por morta a poesia, mas ela se vem demonstrando vitalícia, ressuscita com grande intensidade, parece ser eterna. A poesia acompanhou os agonizantes e estancou as dores, conduziu às vitórias, acompanhou os solitários, foi ardente como o fogo, ligeira e fresca como a neve, teve mãos, dedos e punhos, teve brotos como a primavera: fincou raízes no coração do homem. E com o coração cheio de brotos e renovos primaveris, apesar do cinza e da dor, falei o que sinto e acho para meus leitores. Certamente quando estiverem lendo, estarei melhor. Vou me deitar. E la nave va...ZOOMGente, a crônica do Rubem Braga que pedi, chegou! Depois conto quem me enviou. Reli Rubem com prazer. E quando crescer, quero ser igual a ele...- Um grande e precioso abraço para minha amiga Maria das Graças Castro, que mora no Bairro dos Professores, em Fabriciano, extensivo a seus filhos Jander, Breno e Túlio. Amiga, como foi bom revê-la!- Abraços para Luzineth Faria Alves, para Nilcinéia e Hermelinda Sousa, da Secretaria de Cultura, nesta terça-feira.- Anda desfilando pela Internet uma denúncia de que, em certos locais de Roraima, só se pode entrar com licença especial de americanos. Xiii... - Gente, que coisa, até hoje me indagam sobre o Zeca da mandioca. Mas que povo terrível, esses meus leitores! - Em abril, um grupo de poetas de nossa cidade vai visitar Mariana mais uma vez, valendo pelo intercâmbio que temos com os grandes poetas de lá. Tô nessa! - A psiquiatra Angélica Vaccarini, presidente do CLESI, descansando na Europa - Vou dar um golpe de aikidô na TV se passar de novo aquele filme em que a Jennifer Lopes apanha do marido e depois bate nele. Só na semana passada, repetiram umas 10 vezes. Haja! Pensando bem, vai ser um golpe de ai-que-dor, principalmente se for com o bracinho direito. - Vem aí a 1ª Semana de Poesia e Literatura Infantil. Aguardem, vai ser o fino! - Piadinha, que ouvi na 28 de Abril na 5ª passada: “por que casa de joão-de-barro não cai? Porque é bem construída...” - Uma terça-feira cheia de luz e alegria, com poemas de Brecht, música de Ivete Sangalo, som de Carlinhos Brown e os tambores da Timbalada, costelinha de porco frita com angu e taioba, doce de coco em pedaços e paaz, são os meus votos. Críticas, sugestões e eventuais elogios, pelo e-mail: nenadecastro@yahoo.com.br - Au Revoir.
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